sexta-feira, 12 de agosto de 2011

SIOMARA REIS TEIXEIRA

SIOMARA REIS TEIXEIRA:
“POETA NASCE POETA. É DOM E ACIMA DE TUDO MISSÃO”

A poetisa Siomara de Cássia Reis Teixeira é nascida em União da Vitória - PR, entretanto cresceu e foi educada em Porto União - SC, as chamadas cidades Gêmeas do Iguaçu, rio que banha a cidade, em formato de ferradura, em vista aérea. Sua família materna é oriunda do Rio Grande do Sul. Assim, costuma dizer, com orgulho, que tem um pé nos três estados do Sul.

Possui várias descendências, entre elas o negro, o índio, o ucraniano, o italiano e o português. E fala em conversas divertidas, que faz parte do verdadeiro povo brasileiro.

Vinda de uma família culturalmente privilegiada, com histórico de poetas, escritores e artistas plásticos, começou sua carreira literária muito jovem, com apenas 11 anos de idade. Nesta época já compunha fábulas no colégio onde estudava, o Colégio São José, em Porto União e, seu professor de português, Professor Juck, relutava em acreditar que uma menina tão jovem tivesse tanta capacidade na escrita, no vocabulário, na dissertação, na concordância, na regência verbal e acima de tudo, na imaginação. Sempre com sua veia artística latente, cantou no coral da senhora Djanira Pasqualin, coral este, de crianças entre 10 a 15 anos, expressivo e famoso na época em todo o estado do Paraná e Santa Catarina.

Com sua voz de contralto, ganhou várias medalhas e apresentou-se em canais de televisão. Teve aulas de piano durante quatro anos e fez cursos de desenho e pintura. Domina a língua inglesa e é apaixonada por fotografia, tendo cursos de especialização na área.

Mas foi na poesia, inerente em seu ser sonhador, apaixonado, romântico e profundamente social e humano, que encontrou sua verdadeira identidade.

Siomara costuma dizer que o poeta nasce poeta. Ele não se faz poeta. É dom, maldição e acima de tudo, missão. Este é seu principal jargão, tal a necessidade que tem em escrever, “É como o respirar, mesmo sem o desejar”, como escreveu em uma de suas poesias. Suas poesias... Suas filhas, ressalta.

Cronista, revela em seus textos, um profundo sentido humanitário e social.

Procura despertar em seus leitores a real necessidade da fraternidade, da doação, da mudança lenta e gradual do sistema financeiro e especulativo do mundo materialista. É uma função, uma obrigação de quem tem o dom da expressão, através da arte e consegue atingir várias camadas sociais, enfatiza.

Siomara também descreve com primazia o universo feminino, suas aflições, seu cotidiano, sonhos, desejos, amores, segredos, conflitos.

Siomara faz parte da nova geração da poesia, os chamados poetas da internet e suas poesias já romperam as fronteiras do país, sendo publicadas em sites de Angola, Portugal, Espanha e Argentina. Tem três filhos, os quais diz serem suas pérolas preciosas, suas Reais Poesias.

Xamanista por convicção, Fisioterapeuta por formação, vive hoje em Curitiba, onde é Empresária, Poetisa, Educadora nas disciplinas de Ciências Naturais, Biologia, Química e Física.

Mas acima de tudo e por tudo, Siomara é Poeta, pois nasceu assim.


LINKS:

http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=4607

www.flogvip.net/sio

www.flogao.com.br/sio

http://www.pensador.info/colecao/siomarareisteixeira/

http://siomarareisteixeira.blogspot.com/

http://siomarateixeira.blogspot.com/

http://www.jornaldacidadeonline.com.br/leitura_artigo.aspx?art=3403


POETA SOU

Poeta sou, no claustro da tortura.
Sonho e fantasia,
Fazem parte dos meus dias.
Universo impregnado de doçura e loucura,
Na explícita sentença das dores, dos amores,
Da profundidade de ser e existir,
Do âmago da paixão desvairada,
Da realidade de pessoas
As quais, jamais serão nada.
Devaneio implícito que corre nas veias
Que é o respirar, mesmo sem o desejar
Uma busca delirante da próxima loucura
Condição plena...Missão!
Uma dura pena, que esvai-se através da razão!

Siomara Reis Teixeira


INSANIDADE

E retraio em mim a chama acessa
Na obscuridade da imensidão,
Sou tua sim, sou tua presa
Gostando assim desta paixão!

E enlaço teu abraço no cansaço,
Buscando a paz neste remanso
E neste amor de vida e morte me desfaço,
Sorrio ao infinito e não me canso.

Voando ao vento difuso da saudade,
Insanamente sofre o coração
O amargor de nossa insanidade.

Somente um solitário na aflição
Enlouquece pelas horas da maldade,
Querendo transformar a dor, numa canção!

Siomara Reis Teixeira


Amor Incondicional

Incondicionalmente é o seguir, amando!
Amor que brilha e reina em soberania
Inteligência amorosa, emoção primorosa.

Acarinhar-te em meus silêncios
Para que minhas falas não te sejam confusas
Não te quero assustar, não te quero ausente

Já não mais importa se nunca virás
Pois é um sentir ilimitado e recluso em mim
Já não mais importa se nunca ouvirás

É som puro e belo e permanecerá liricamente, assim,
Já não mais importa, se não te importas
Sem pretensões ou obsessões,

Amar-te-ei serenamente, até o meu fim!

Siomara Reis Teixeira


O AMOR E OS POETAS

Amaldiçoados fomos, no dia da criação
Quando o Supremo Espírito a criar almas
Valeu-se para forjar dupla maldição
Nascemos Poetas...

Aí está! A primeira e profunda aniquilação!

Nascemos, crescemos e desenvolvemos
O dom do amor... Em outrens. Jamais em nós!
Não sabemos amar!
Aqui viemos para esta arte, ensinar!

Não somos amados. Jamais o seremos!
É nosso legado!
Encantar através de fraseados.

Eis aí a segunda maldição!

O máximo que ganharemos, será um amor sereno.
Somos sim, na grande maioria das vezes, enganados!
Profanados por nós mesmos!

Siomara Reis Teixeira


Volúpia

Pois atiça e enche os olhos
e a mente, no corpo, ardente...

Segue insano com o olhar
cada curva, todo o corpo
no desespero de amar

Somos então, mil beijos
mil dedos, mil braços
e entre abraços adormecemos
para mais tarde, recomeçar...

Siomara Reis Teixeira


PERDIDA

Ela procurou ajuda na fala muda, contando horas,
somando amores, acumulando dores
dizia nada saber, pois na verdade, a verdade, temia ver
O sonho, escravo autômato da frieza cruel, sendo amputado
enquanto restos de ilusão eram deixados de lado
depostos com cuidado no prato do pecado
Perdeu com o mundo, o contato, a paz e a razão
nem mesmo ouvia a voz do coração
Substituiu a tolerância pela arrogância do outro
Todavia, resquícios de esperança descansavam
solitários em sombras de confiança
e na desiludida condescendência,
foi banindo aos poucos a tão sagrada essência

Siomara Reis Teixeira


LAMENTO DE AMOR

Pensando no quanto, o lamento da mente
Como um vento fremente que as folhas farfalha
Corrói pensamentos, tal qual navalha

E nenhum argumento que da pena, valha
paixão, saudade, razão ou cuidado
Justifica a dor do amor, deixado de lado

Desprezo indolente que faz descontente
Ausência sentida, medida irreal
Traduzindo vertentes de atenção desigual

Amola a faca, acerta o fio
No frio contido. Dissimulação!
Maltrata o desfecho. Maldade em ação!

Siomara Reis Teixeira


DEVANEIOS FRIOS

Entrego-me a devaneios frios!
Tão sombrios...
Turbilhão de paixão e ódio
E em espaços vazios,
A dor sentida desta solidão!
Queria eu estar vestida de ouro
E, no entanto, estou aqui tão só!
E ter você agora, meu maior tesouro,
Do que ter meu sonho
Se transformado em pó!

Siomara Reis Teixeira


INCÔNSCIENCIA

Diga-me então:

O que sabes além do que os teus olhos podem mostrar-te?
Nada além do que dissemina a frívola modernidade?

Nada além da pestilenta obviedade coletiva?
Nada além do subjugo da maldade?

Ah, mundo conturbado de agregados em ofensivas
Humanos alheios à essência, rendem-se a leviandade

Seguem sem porquês, comprazem-se ao talvez
Inconscientes, mascaram fases, da euforia à embriaguez

Siomara Reis Teixeira


O BRILHO DA ESTRELA

Estrela latente que brilha
Pulsando, freneticamente!
Escrevendo com mãos de veludo
Em folhas feitas de amor

Compondo com toque de fadas
Em perfume, sonhos e cor!
Bailado místico a romper amarras
Ímpetos de júbilo, angustia ou dor?

Somente extravasa, pensamento incauto!
Inelutáveis são as desinências
Sentimentos essenciais em cargo arauto
Propagando emoções em suas veemências

Siomara Reis Teixeira


LUCIDEZ

Talvez seja outra vez a espera dos ansiosos,
Bárbara em observação nas geladas manhãs,
Impregnando a psiquê de desejos calorosos.
Contemplação arguta e perspicaz
Em um verão recheado de sofismas e ímpetos ardilosos.
No espaço admoestador prevalece o infortúnio
De queixas loucas e desvairadas,
Oscilantes entre a insensatez do talvez
E a sensatez do que não vale mais a pena.
Neste momento a temperatura passa a ser amena.
É quando do coração quase que destroçado
As mágoas vão aos poucos sendo deixadas de lado.
Então finalmente, na alma e na mente,
O momento de retorno do tempo quente
Prenuncia a libertação de tão atroz passado!

Siomara Reis Teixeira