domingo, 7 de julho de 2013

Gil Ordonio


Gil Ordonio

Sou de Recife, casada, mãe e avó. Sou formada em jornalismo e no
momento apenas um livro publicado, "Desnudando a alma" - Poesias.
Tenho outros na gaveta, mas tudo tem o seu momento. Amo escrever...deixar a alma falar.
Participo da casa do poeta e "Recanto das letras", minha atividade maior fica para o "Solar dos Poetas, um espaço que adoro.


Blog pessoal:
"Poemas para uma vida melhor.


  

                                                                 DESNUDANDO A ALMA. 




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O QUE TENHO É ASSIM

Eu realmente queria me fazer diferente
Sorrir para o tempo e dele rir também
Me sentir menos solitária e descontente
Dar asas aos pensamentos indo mais além

Eu queria me sentir diferente
Me envolver apenas por alegrias
Talvez a vida não me fosse tão exigente
E nela não houvesse tantas tristezas e agonias

Porém no meu hoje o que tenho é assim
Uma alma envolta em sonhos desfeitos
E um dissabor que parece nunca ter fim
Aprisionando consigo qualquer plano perfeito

Queria fechar os olhos e ao abri-los... Surpresa!
Meu sonho maior se tornando realidade
Evaporando de mim qualquer vestígio de tristezas
E sentir que meus sonhos não se foram com a idade.

Gil Ordonio


GRANDE OBSESSÃO

Um dia, deixaste de ser esperanças
Deixaste de ser até mesmo saudades
Em mim se apagaram as lembranças
Tudo se perdeu em tuas iniquidades

Mas até que demorou para acontecer
Talvez tenha sido a minha falta de orgulho
Pois qualquer coisa que viesse de você
Eu recebia como o mais precioso embrulho

Foi longo o tempo mas um dia aconteceu
E o que julguei ser imenso em meu coração
Era na verdade indigno de dizer, ser meu
Pois era na verdade uma grande obsessão

E a vida que por capricho quase tudo me negou
Compreendeu por fim que nada tinha a ver
Eu morrer de amor por quem nunca me amou
Com certeza eu sentia tudo, menos amor por você

Gil Ordonio


NADA MAIS

Na vida, fiquei presa nas lembranças
Esquecendo até mesmo de viver
Se esvaíram meus sonhos e esperanças
Tão presa estava, ao passado e a você

Debruçada no parapeito da minha vida
Apenas olhando-a e a vendo passar
Esquecida das vezes que me fiz atrevida
Ansiosa demais em querer lhe encontrar

Mas hoje, nada nessas lembranças me retém
Pois descobri por acaso que a vida continua
E disso tudo, nada mais a minha alma detém
Que seja imposta por qualquer lembrança sua

Gil Ordonio


MEUS ALHEAMENTOS

Essa vontade tão sem vontade me inquieta
Mesmo quando ainda há pouco estive a sorrir
Porém, o que realmente me deixa boquiaberta
É esse cansaço... Cansaço por apenas existir

Me perco em saudades... De que, nunca sei
De quem , já não tenho mais tanta certeza
No momento, o tudo que eu me lembrei
foi o nada que restou de uma certa correnteza

Comigo o destino brincou de se esconder
E raras vezes, em tempo, disso me dei conta
Na minha vida pouco ficou, pois creio que até você
Nossa história, nem em pensamentos a remontas

Outra vez mais sorrio e nem mesmo sei de que
Talvez de mim mesma e desses meus pensamentos
Que até mesmo nas lembranças me fazem ver
Que o tudo desejado... Só os tive em alheamentos

Gil Ordonio