MIRIAN WARTTUSCH:UMA POETISA INCANSÁVEL E CRIATIVA, DE ALMA SENSÍVEL E APAIXONADA
Mírian Warttusch, nome artístico de uma escritora de alma sensível e apaixonada que afirma já ter nascido poeta e sonhadora.
São Paulo a viu nascer na década de 40, no bairro de Tatuapé, onde paisagens magníficas como as da Mata Paula Souza estavam preservadas e intocadas em suas belezas naturais e serviram de cenário para sua infância de sonhos poéticos e inesquecíveis.
Ela e seu pai adentravam essa floresta e ali os dois passavam horas deslumbrantes, ele a tocar seu violão e ela a cantar, o que lhe preenchia a alma e a preparava para anos mais tarde fazer aflorar seus dons de poeta e compositora.
Escreveu muito nos anos 60. Em seu livro “Sonho e Realidade”, muitos poemas são uma autobiografia da autora, e foi ainda nessa década, que em parceria com o poeta Dr. Coryntho Baldoíno, ela escreveu lindos poemas para o livro “Uma Odisséia no Tempo”, mas infelizmente Dr. Coryntho faleceu antes do lançamento do livro.
Casou-se no ano de 1970 e desse casamento teve três filhos. Ficou afastada dos meios literários por quatro décadas.
Retornou com a obra “Programa Cultural Planeta Azul e Verde” que se compõe de vários projetos ecológicos – Soldadinhos da Natureza, Reflorestar, Animais em Extinção, Pássaros Migradores, Consciência Negra, Mãe Natureza Visita Rios Brasileiros, O Homem do Campo, Eu Sou Uma Lenda Brasileira - contendo histórias, músicas e textos teatrais direcionados para a educação infanto/juvenil.
Simbolizando Mãe Natureza, Mírian se veste com as cores do arco-íris e em discursos apaixonados faz uma vibrante apresentação, contanto de uma a uma as histórias que escreveu sobre ecologia e meio ambiente e não poupa argumentos para emocionar e trazer a platéia encantada, presa aos fortes e inquestionáveis apelos. Seguem-se bailados e enquetes que fazem a diferença nas salas de leitura ou onde quer que sejam apresentados.
Ponto culminante desse Programa Cultural, os Soldadinhos da Natureza – crianças arregimentadas nas escolas – fazem um aparte especial nos espetáculos, plantando mudas de árvores nativas do Brasil, nas suas escolas, distribuindo sementes e mudas dessas espécies. Acompanham o Teatro em todos os momentos, posicionados na platéia, adentram a nave central em direção ao palco, e, ao término de cada espetáculo, sobem para o palco em marcha triunfal, cantando com alegria “A Marcha Dos Soldadinhos”. Vestidos com as cores brasileiras, desfilam tendo em mãos um bastão de flores, símbolo da paz para as crianças do mundo todo, num apelo emocionado para que se preserve a natureza, os homens e os animais. Em cada escola visitada, surge um novo e lindo batalhão.
Em seu monólogo Hortinha de Feijão, Mírian conta a enternecedora história do homem do Campo que abandona sua terra por falta de incentivos e apoio e vem trabalhar como zelador de um prédio, em pleno centro da cidade. Hortinha de Feijão, Meu Sertão é Lindo, Dona Minhoca, são músicas que fazem parte desse monólogo, cujo intuito é conscientizar e tocar profundamente os corações e emocionar a platéia.
O primeiro CD dessa obra, enfoca Animais em Extinção e em suas palestras nas escolas, bibliotecas, centros culturais, faculdades e empresas, Mírian fala sobre as atrocidades cometidas pelo homem contra esses animais, por que se encontram em perigo de extinção - no caso do Mico Leão da Cara Dourada, cita como exemplo: quando o corredor de trânsito pelo qual ele viaja na floresta a procura de parceiros, é quebrado pela derrubada indiscriminada das árvores, o animal fica confinado em sua reserva e por ter hábitos parecidos com os do próprio homem, não se acasala dentro de sua própria família, motivo principal que o torna vulnerável a aumentar a lista de animais em perigo de extinção - Cada animal sofre de uma forma diferente as investidas criminosas do homem que caça e mata sem ter consciência do quanto estará afetada a vida em nosso planeta à cada ato criminoso que cometer. Com riqueza de detalhes, a autora envolve os jovens com seu modo jovial e comunicativo de contar histórias, cantar e elucidá-los sobre os tantos, complexos e diversos problemas criados pelo homem junto à natureza, ou no meio ambiente em que vivem. O alerta é muito forte e tem mesmo a intenção de chegar ao coração dos homens através das crianças e jovens. Há também os momentos de humor e descontração, em que os bichos contam divertidíssimas histórias a respeito de sua vida na floresta e na cidade, de uma forma pitoresca e inusitada, que aliada as belíssimas canções criadas pela autora, fazem o encanto dos espetáculos.
Assim envolvidas, as crianças entendem bem dos seus deveres e obrigações para com o mundo em que vivem, para que as futuras gerações possam subsistir e saber que a nossa luta foi exatamente em prol de um Planeta sempre admiravelmente azul e maravilhoso, o nosso lindíssimo Planeta Terra!
CD Animais em Extinção
1 - Planeta Azul
2 - Estrelinha Trililim
3 - A Marcha dos Soldadinhos
4 - O Coração Doeu
5 - Tucano Dourado
6 - Boto Cor de Rosa
7 - Ararinha Vermelhas
8 - Macaquinho Pim Pam Pum
9 - Urso Panda
10 - Jacaré do Papo Amarelo
11 - Onça Pintada
12 - As Tartaruguinhas
13 - A Marcha dos Soldadinhos II
14 - Tamanduá Bandeira
15 - Papagaio da Cara Roxa
16 - Peixe Boi
17 - Lamento do Mico Leão
18 - O Mapinguary
19 - Shua Baleia
Nos seus trabalhos temáticos, O Natal que congrega os povos ao amor e à fraternidade universal em busca da paz é um tema que a autora trabalha preferencialmente, visitando hospitais, empresas e asilos, promovendo um encontro muito comovente, em que operários, pacientes e idosos, são convocados a participar como coadjuvantes. No painel abaixo, momento de fé, na Missa de Natal que teve início com a peça musical “Jesus Nasceu Aqui”, tendo como coadjuvantes os próprios pacientes do Hospital Municipal do Tatuapé. (Os figurinos são fornecidos pela própria autora, que prepara os figurantes momentos antes da apresentação. Não há ensaio, tudo é feito de improviso e acontece sempre com muita introspecção).
O casal e seu recém-nascido bebê, da ala de neonatalidade simbolizaram a Sagrada Família; os anjos e Angélica, foram as crianças da Pediatria; os Reis Magos da ortopedia.
Encenaram sob a direção da própria autora; a menina Angélica sonha que Jesus possa nascer em sua casa e o Anjo lhe anuncia que ela prepare uma caminha para Jesus, Maria e José, pois seu pedido será atendido.
No momento solene da consagração, a criança, simbolizando Jesus, foi erguida e mostrada aos presentes, pelo Reverendo.
Jesus Nasceu Aqui (Canção de Ninar)
Letra, Música e Interpretação de Mírian Warttusch
Vou fazer um bercinho pra Jesus.
Lá no alto, a Estrela já está brilhando!
Vou cozinhar uns docinhos bem gostosos
Pros três Reis Magos que já devem estar chegando.
Nossa Senhora bateu em minha porta
Pediu pousada para ela e São José.
-Pode entrar, Nossa Senhora...
Pode entrar, São José...
Vou preparar uma caminha pra vocês também
Fazer tocar o sininho big bem, bem, bem...
Deixa Jesus Nascer aqui?
Deixa nascer o Criador, Nossa Senhora.
Deixa nascer o Criador aqui?
Deixa Jesus nascer aqui.
Tem fraldinha e mamadeira, se Ele chorar.
Você deixa depois, Jesus eu carregar?
Eu não deixo Ele chorar...
Eu não deixo Ele chorar.
Vou cantar uma cantiga de ninar
Vou cantar uma cantiga de ninar.
Nana, Jesus amor...
Nana Jesus meu bem.
Nana, nana, nana, neném
Nana, nana, nana neném...
Se ouvir tocar o sininho big bem, bem, bem...
Jesus Nasceu Aqui (Canção de Ninar)
Letra, Música e Interpretação de Mírian Warttusch
Vou fazer um bercinho pra Jesus.
Lá no alto, a Estrela já está brilhando!
Vou cozinhar uns docinhos bem gostosos
Pros três Reis Magos que já devem estar chegando.
Nossa Senhora bateu em minha porta
Pediu pousada para ela e São José.
-Pode entrar, Nossa Senhora...
Pode entrar, São José...
Vou preparar uma caminha pra vocês também
Fazer tocar o sininho big bem, bem, bem...
Deixa Jesus Nascer aqui?
Deixa nascer o Criador, Nossa Senhora.
Deixa nascer o Criador aqui?
Deixa Jesus nascer aqui.
Tem fraldinha e mamadeira, se Ele chorar.
Você deixa depois, Jesus eu carregar?
Eu não deixo Ele chorar...
Eu não deixo Ele chorar.
Vou cantar uma cantiga de ninar
Vou cantar uma cantiga de ninar.
Nana, Jesus amor...
Nana Jesus meu bem.
Nana, nana, nana, neném
Nana, nana, nana neném...
Se ouvir tocar o sininho big bem, bem, bem...
Incansável na exploração de sua criatividade, a autora iniciou um novo e fantástico trabalho junto as escolas que agregaram ao seu currículo a Academia Estudantil de Letras, que tem por ideal, funcionar sob os mesmos moldes da Academia Brasileira de Letras.
Assim, os jovens escolhem seus autores prediletos e ocupam suas cadeiras, numa solenidade festiva, levada a efeito em teatros, CEUS ou na própria escola. Os alunos recebem suas becas, certificados e medalhas e declamam poemas ou trechos das obras dos seus autores. Os seminários acontecem nas próprias escolas.
Como patronesse e autora viva em todas essas academias, Mírian apresenta com orgulho, em suas palestras, uma Ode Musical em homenagem aos autores escolhidos como patronos das academias e Sinfonia Poética, bem como 50 peças de teatro– Peças Encantadoras Para Salas de Leitura - estão à disposição das salas de leitura nas escolas e nasceram como mais um inestimável instrumento de trabalho dos quais poderão fazer uso os educadores.
Mírian apresenta esse trabalho em suas palestras e proporciona aos jovens e professores a oportunidade de falarem sobre os seus autores prediletos, evidenciando que também adora musicar poemas como fez com Domus de Adélia Prado, Bilhete e A Rua dos Cataventos de Mário Quintana, A Serra do Rola Moça de Mário de Andrade, Ninguém me Venha Dar Vida de Cecília Meirelles, Lianor Vai a Fonte de Luiz Vaz de Camões, A Onda e Vou-me Embora Pra Pasárgada de Manuel Bandeira e tantos outros.
Primeiro Volume de Sinfonia Poética
MACHADO DE ASSIS - Ideais são Tesouros (Marcha Rancho)
CASTRO ALVES - Ó Bendito o Que Semeia (Cateretê)
PADRE ANTÔNIO VIEIRA - Sermões Memoráveis (Blues)
MONTEIRO LOBATO - Quando Canta o Coração (Frevo/Marcha Americana/Marcha Rancho)
PEDRO BANDEIRA - Deixa Brilhar o Sol (Balada)
VINÍCIUS DE MORAES - Na Imensidão da Alma (Samba Bossa)
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - As 100 Razões do Amor (Samba)
CORA CORALINA - Como Água Nascente (valsa)
CLARISSE LISPECTOR - A Hora da Estrela (Marcha Rancho)
LYGIA FAGUNDES TELLES - Na Catedral da Alma (Pop Rock)
CECÍLIA MEIRELLES - Sonhar Nunca é Demais (Balada)
PAULO DANTAS - Mandacarus de Fogo (Cordel/Toada)
VOLUMES II E III(em fase de gravação)
II
ANTÔNIO FRANCISCO - Saudade da Terra (Marcha Militar)
JOÃO GUIMARÃES ROSA - O Grande Pensador (Olodum)
RAQUEL DE QUEIRÓZ - O Olhar de Chico Bento (Baião)
RUTH ROCHA - A Flauta Mágica (Chorinho)
MÁRIO QUINTANA - A Ciranda do Mundo (Ciranda/samba)
JORGE AMADO - Deixa o Mestre Descansar (Samba)
ÉRICO VERÍSSIMO - Canção Para Ana Terra(Guarania)
MÁRIO DE ANDRADE - A Serra do Rola Moça (Forró estilizado)
GUILHERME DE ALMEIDA - Jóias do Universo (Canção)
ADÉLIA PRADO - Domus (Minueto)
LUIS VAZ DE CAMÕES - O Vira de Lianor (Folclore)
ELIAS JOSÉ - O Palhaço Sanhaço (Marchinha)
III
OLAVO BILAC - Falaram Todas as Estrelas (Seresta)
MANUEL BANDEIRA - A Onda (Canção Lírica)
FERNANDO PESSOA - A Poesia é Uma Canção (Fado estilizado)
As músicas, poemas e peças teatrais desta obra cultural de extrema beleza, são apresentados em suas palestras como mensagem expressiva do talento da autora e nos seus encontros com os jovens que fazem parte das Academias Estudantis de Letras nas Escolas, tudo isto lhes é oferecido como mais uma contribuição para a descoberta dos seus dons, exteriorização dos seus vários talentos e crescimento interior. Um autor presente em suas vidas, é para eles uma nova e bela descoberta.
Através da Internet conheceu dois maravilhosos sonetistas, Jenário de Fátima de Brasília e Nizardo Wanderley de Natal, com os quais iniciou uma parceria poética romântica inusitada, e hoje Mírian/Jenário e Mírian/Nizardo são conhecidíssimos e aclamados autores virtuais - é autora de centenas de poemas, sonetos e crônicas em diversos sites.
Foi por ocasião do Natal de 2007 que ao receber pela Internet, o soneto “Fantoche”, de Jenário de Fátima, respondeu-lhe com outro soneto “Desajustes de Natal” e assim, a cada soneto que ele lhe enviava, ela lhe respondia com outro soneto. Aconteceu, pouco tempo depois com Nizardo, que ao lhe enviar o soneto “Amor de Net”, teve a surpresa de Mírian lhe responder com o soneto “Internautas Apaixonados”.
Os três sonetistas resolveram brindar seus leitores com uma edição com nada menos de 140 envolventes sonetos – sendo 70 de Mírian - que lhes trará deliciosas surpresas, com diálogos de fé, amizade e amor, com todo o requinte e talento desses poetas que se conheceram através do mundo virtual.
Está envolvida em vários movimentos culturais na cidade de São Paulo, entre eles encontros litero-musicais na Casa das Rosas, Beco dos Poetas, Clube Caiubi de Compositores, Parque Ecológico do Tietê, Poetas da Mooca, Vila Prudente, Tucuruvi, Santana, Parque da Água Branca, e muitos outros.
3º ANIVERSÁRIO DA ALP
ACADEMIA DE LETRAS DOS PROFESSORES
Depois de um longo período de afastamento,
retornei ao mundo literário da AEL e da ALP, para vivenciar
momentos de imensa emoção para mim! Uma honra ter participado
do começo de tudo. Há 6 anos atrás vi nascer a primeira AEL, Academia Estudantil
de Letras, Pde Antônio Vieira... segui um roteiro de amor para o meu coração, sendo autora
dos Hinos de todas as Academias que nasceram na sequência e SINFONIA POÉTICA, é hoje um grande
referencial para minha carreira, com 35 autores literários exaltados nas músicas que a compõe.
Vi nascer também a ALP, Academia de Letras dos Professores, ensaiei por várias vezes
os educadores para cantarem com amor o Hino que fiz para Cora Coralina...
"Como Água Nascente", sim, tudo foi tão límpido e maravilhoso, como
Água Nascente! Emoção a toda prova. Eu precisava desse momento,
onde tudo veio novamente à baila e me deixou extasiada,
diante da grandiosidade de Deus.
Obrigada a todos por me proporcionarem tal êxtase!
Os professores acadêmicos presentes também
se emocionaram para me receber
e cantarem o seu Hino.
Meu carinho eterno e minha
gratidão emocionada!
JORNAL DA CIDADE ONLINE
http://www.jornaldacidadeonline.com.br/l
CRIATURA E CRIADOR
Um poema que fala de paz, através da própria alma do poeta
Componho versos, canções, componho para a vida.
Crio ininterruptamente para o meu Criador.
Componho suplicando a paz tão preterida,
Componho a convite da sensibilidade e do amor!
Compor é sim a arte de as almas conquistar,
Trazer ouvintes e leitores a si estreitos.
Canções e versos, para fazer sorrir, sonhar,
Nas praças, nas escolas, nos palcos e nos leitos.
Saber que a palavra do poeta tem efeito,
Ser consciente, para que a sua criação,
Não se elabore a esmo, ou de qualquer jeito,
Mas leve profunda mensagem a cada coração.
Ser poeta é estar ciente que em si deve habitar,
O Ser Supremo, o próprio Pai, a Divindade.
E como criatura, frente ao Criador se ajoelhar,
Ciente de que Aquele que o criou, deu-lhe a imortalidade.
Mírian Warttusch
FLORZINHA XERETA...
Uma florzinha tão inconformada,
De viver contida em seu jardim,
Subiu afôita, a cerca, essa danada,
Bisbilhotando o outro lado, assim!
Mas o que viu, a fez mudar de idéia,
E voltar de novo pro lado de cá...
Subindo a cerca, ligeira, uma centopéia,
Tentava fugir para o lado de lá.
As tristes árvores vizinhas soluçavam,
Pois no terreno nasceria um espigão.
Ao som da serra as pobres sossobravam,
Sem vida, tombavam com clamor, ao chão.
A florzinha ficou tremendo, desolada,
- Pro outro lado, não havia alento...
Chorou até, a coitadinha, emocionada...
Todo o verde acabou em pouco tempo.
A centopéia olhou a florzinha que chorava,
E foi descendo a cerca pro outro quintal.
Era lindo o jardim onde essa flor morava!
E a centopéia achou aquele, o lugar ideal!
A centopéia assim fez tão boa amizade,
E passou a morar juntinho com essa flor.
Sempre existe lugar aonde houver bondade,
Sempre cabe mais um aonde houver amor.
Mírian Warttusch
SOU COMO A ROSA
Sou como a rosa, que nem a geada vai matar.
Resguardo do frio inverno, meu perfume e cor.
Serei sempre bela... dentro em mim, guardo o amor!
Espero você, meu sol, que em breve irá chegar.
Durmo e acordo; e para não morrer de frio,
Penso naquele, que com amor virá colher
O néctar que está guardado dentro do meu ser...
- O inverno não deixou meu coração vazio.
Enregelada ao sabor dos flocos de algodão,
Guardo em mim muita energia para me entregar,
Receber-te em mim, oferecer-te o coração,
Que se aqueceu de amor na chama da paixão.
Em minha haste, firme, estou a te esperar...
Toca-me, que eu quero perfumar as tuas mãos...
Mírian Warttusch
COLHER ESTRELAS
Colher estrelas, no infinito céu – soubera eu colher…
Trazê-las pra bem juntinho, brilhantes, ao anoitecer…
No galope de uma estrela que risca o céu, a reluzir,
Devemos atrelar os sonhos, loucos a nos seduzir…
Fulgentes, divinos pirilampos a extasiar o coração…
E em cadentes desmaios, despencam de emoção.
É tão simples, não sabes? O céu podermos alcançar,
Basta fechar dentro da mão, a estrela a despencar.
Coloca logo no teu coração esta cadente estrela,
Resguardado seu brilho – somente tu poderás vê-la
Coloca de uma à uma, todas, com sofreguidão,
Verás quantas estrelas caberão no coração,
Caídas do infinito céu, na tua mão estateladas,
Formarão outro Universo, ficarão eternizadas!
Mírian Warttusch
OS PRIMEIROS MESTRES
Quem dentro de ti fez acordar o que hoje és?
Quem te deu firmeza e no chão plantou teus pés?
Se ouviste cantar a lira, aprazado o teu saber,
Guiados foram teus passos pra que aprendesses viver.
Teus pais, os primeiros mestres, primeira escola? O teu lar!
Lapida-se a pedra bruta para então ela brilhar.
Serão para a vida toda, primeiros aprendizados.
Estareis, fiéis alunos, para a vida preparados.
Agradeçamos a eles, nossas primeiras lições...
Que ficam eternizadas, pra sempre, nos corações!
Bons filhos e bons alunos, não iremos esquecer
E aos novos mestres de escola, faremos isto saber.
Mestres ensinam e aprendem, maravilhosas lições!
O ensino é troca de amor, de exemplos e de orações.
Ó mestre, viceja a alma, de cada aluno aprendiz,
Quando em silêncio, ele entende, aquilo que não se diz!
Mírian Warttusch
DONS PRIMAVERIS
Molhai, molhai minh’alma, ó chuvas de setembro...
Fertilizai de amor e fé o meu jardim.
Façai brotar nos galhos as verdes folhinhas,
Dos dons maravilhosos que Deus plantou em mim!
Sejai benévola comigo, primavera,
Na sinfonia das flores a desabrochar,
Pintai de vermelho, de amarelo e rosa,
Todas as notas que nas canções irei usar.
Que ao despontar um verso, qual pétala de flor,
Seja suave ao toque de cada coração...
Tenha o perfume doce da fraternidade,
E a união perfeita da rima e da canção.
Cuidai de cada muda , qual devotada mãe,
Para que não se percam estes dons, jamais!
Deixai abrir, assim, de um a um, cada botão,
Nesta campina de tantos belos ideais.
Que eu saiba separar no campo ervas daninhas,
De todo esse tesouro que venha a conquistar;
Das benfazejas bênçãos, de toda essa florada,
De todo o amor, de toda a paz que eu tenha para dar.
Em cada primavera, quando os dons florescem,
Uma riqueza de aromas espalham pelo ar...
Infinitude de cores, nuances do arco-íris,
Basta um mergulho na alma e você vai encontrar...
Mãos postas, ergo o meu olhar agradecido,
Fitando o céu, faço ao Meu Senhor uma oração.
Que me deu a primavera deu-me o dom da vida,
E o poder de descobrir outros dons no coração!
Mírian Warttusch
Um poema que fala de paz, através da própria alma do poeta
Componho versos, canções, componho para a vida.
Crio ininterruptamente para o meu Criador.
Componho suplicando a paz tão preterida,
Componho a convite da sensibilidade e do amor!
Compor é sim a arte de as almas conquistar,
Trazer ouvintes e leitores a si estreitos.
Canções e versos, para fazer sorrir, sonhar,
Nas praças, nas escolas, nos palcos e nos leitos.
Saber que a palavra do poeta tem efeito,
Ser consciente, para que a sua criação,
Não se elabore a esmo, ou de qualquer jeito,
Mas leve profunda mensagem a cada coração.
Ser poeta é estar ciente que em si deve habitar,
O Ser Supremo, o próprio Pai, a Divindade.
E como criatura, frente ao Criador se ajoelhar,
Ciente de que Aquele que o criou, deu-lhe a imortalidade.
Mírian Warttusch
FLORZINHA XERETA...
Uma florzinha tão inconformada,
De viver contida em seu jardim,
Subiu afôita, a cerca, essa danada,
Bisbilhotando o outro lado, assim!
Mas o que viu, a fez mudar de idéia,
E voltar de novo pro lado de cá...
Subindo a cerca, ligeira, uma centopéia,
Tentava fugir para o lado de lá.
As tristes árvores vizinhas soluçavam,
Pois no terreno nasceria um espigão.
Ao som da serra as pobres sossobravam,
Sem vida, tombavam com clamor, ao chão.
A florzinha ficou tremendo, desolada,
- Pro outro lado, não havia alento...
Chorou até, a coitadinha, emocionada...
Todo o verde acabou em pouco tempo.
A centopéia olhou a florzinha que chorava,
E foi descendo a cerca pro outro quintal.
Era lindo o jardim onde essa flor morava!
E a centopéia achou aquele, o lugar ideal!
A centopéia assim fez tão boa amizade,
E passou a morar juntinho com essa flor.
Sempre existe lugar aonde houver bondade,
Sempre cabe mais um aonde houver amor.
Mírian Warttusch
SOU COMO A ROSA
Sou como a rosa, que nem a geada vai matar.
Resguardo do frio inverno, meu perfume e cor.
Serei sempre bela... dentro em mim, guardo o amor!
Espero você, meu sol, que em breve irá chegar.
Durmo e acordo; e para não morrer de frio,
Penso naquele, que com amor virá colher
O néctar que está guardado dentro do meu ser...
- O inverno não deixou meu coração vazio.
Enregelada ao sabor dos flocos de algodão,
Guardo em mim muita energia para me entregar,
Receber-te em mim, oferecer-te o coração,
Que se aqueceu de amor na chama da paixão.
Em minha haste, firme, estou a te esperar...
Toca-me, que eu quero perfumar as tuas mãos...
Mírian Warttusch
COLHER ESTRELAS
Colher estrelas, no infinito céu – soubera eu colher…
Trazê-las pra bem juntinho, brilhantes, ao anoitecer…
No galope de uma estrela que risca o céu, a reluzir,
Devemos atrelar os sonhos, loucos a nos seduzir…
Fulgentes, divinos pirilampos a extasiar o coração…
E em cadentes desmaios, despencam de emoção.
É tão simples, não sabes? O céu podermos alcançar,
Basta fechar dentro da mão, a estrela a despencar.
Coloca logo no teu coração esta cadente estrela,
Resguardado seu brilho – somente tu poderás vê-la
Coloca de uma à uma, todas, com sofreguidão,
Verás quantas estrelas caberão no coração,
Caídas do infinito céu, na tua mão estateladas,
Formarão outro Universo, ficarão eternizadas!
Mírian Warttusch
OS PRIMEIROS MESTRES
Quem dentro de ti fez acordar o que hoje és?
Quem te deu firmeza e no chão plantou teus pés?
Se ouviste cantar a lira, aprazado o teu saber,
Guiados foram teus passos pra que aprendesses viver.
Teus pais, os primeiros mestres, primeira escola? O teu lar!
Lapida-se a pedra bruta para então ela brilhar.
Serão para a vida toda, primeiros aprendizados.
Estareis, fiéis alunos, para a vida preparados.
Agradeçamos a eles, nossas primeiras lições...
Que ficam eternizadas, pra sempre, nos corações!
Bons filhos e bons alunos, não iremos esquecer
E aos novos mestres de escola, faremos isto saber.
Mestres ensinam e aprendem, maravilhosas lições!
O ensino é troca de amor, de exemplos e de orações.
Ó mestre, viceja a alma, de cada aluno aprendiz,
Quando em silêncio, ele entende, aquilo que não se diz!
Mírian Warttusch
DONS PRIMAVERIS
Molhai, molhai minh’alma, ó chuvas de setembro...
Fertilizai de amor e fé o meu jardim.
Façai brotar nos galhos as verdes folhinhas,
Dos dons maravilhosos que Deus plantou em mim!
Sejai benévola comigo, primavera,
Na sinfonia das flores a desabrochar,
Pintai de vermelho, de amarelo e rosa,
Todas as notas que nas canções irei usar.
Que ao despontar um verso, qual pétala de flor,
Seja suave ao toque de cada coração...
Tenha o perfume doce da fraternidade,
E a união perfeita da rima e da canção.
Cuidai de cada muda , qual devotada mãe,
Para que não se percam estes dons, jamais!
Deixai abrir, assim, de um a um, cada botão,
Nesta campina de tantos belos ideais.
Que eu saiba separar no campo ervas daninhas,
De todo esse tesouro que venha a conquistar;
Das benfazejas bênçãos, de toda essa florada,
De todo o amor, de toda a paz que eu tenha para dar.
Em cada primavera, quando os dons florescem,
Uma riqueza de aromas espalham pelo ar...
Infinitude de cores, nuances do arco-íris,
Basta um mergulho na alma e você vai encontrar...
Mãos postas, ergo o meu olhar agradecido,
Fitando o céu, faço ao Meu Senhor uma oração.
Que me deu a primavera deu-me o dom da vida,
E o poder de descobrir outros dons no coração!
Mírian Warttusch
MAIS UMA VEZ, É PRIMAVERA…
Hoje, 22 de setembro, ah, que beleza!
Cobrirei de flores, as campinas verdejantes.
Vou trajar com requinte e amor, a natureza,
Compor o belo, com as cores mais vibrantes!
Não contente em extasiá-los com esse visual,
Vou perfumar essas miríades de flores!
Borboletas e pássaros farão seu festival,
Poetas irão compor os seus versos de amores...
Vi com pesar, no inverno, os galhos açoitados,
Ou inertes e vazios, despidos pelo outono
- E no verão, nem sempre a chuva tem chegado.
Fiel amante que sou, retorno novamente...
E a natureza se entrega em doce abandono,
Pra que eu a cubra de flores suntuosamente!
Mírian Warttusch
SER MULHER
Ser mulher é como sou...
ter vivido o esplendor de todas as idades...
De tudo um pouco conheci,
me seduzi por todas as realidades...
Não vou mentir,
sofri também a dor pungente das decepções,
Mas minh'alma regozija,
por ter balançado muitos corações...
Assim sou eu... já fui menina,
adolescente, me tornei mulher,
por tudo me apaixono loucamente,
tenha eu a idade que tiver....
Em mim haverá sempre
uma alegria intensa que não morrerá,
e a alma terna, que me salta aos olhos,
jamais se apagará...
Quero fazer nascer de minhas mãos,
sempre a maior felicidade,
Saber que em minha ausência,
você sentirá sim, muita saudade...
Tesouro algum no mundo
poderá tudo isto que sinto, substituir,
Todo o valor da alma
com que eu seduzo e me deixo seduzir...
No sorriso a aflorar de minha boca,
traduzo o meu jeito de ser...
E esta é, como eu disse,
a minha esfuziante maneira de viver!
Mírian Warttusch aos 18 anos
