Hideraldo Montenegro nasceu em 26 de novembro de 1957 em Moreno, Pernambuco. Aos 18 anos foi morar em São Paulo, onde viveu durante 10 anos. Atualmente colabora esporadicamente com artigos sobre misticismo com uma revista do gênero. Hoje, além da poesia, se dedica principalmente dos estudos místicos e, neste campo, fez algumas palestras e publicou dois livros sobre o assunto. Concomitantemente sempre desenhou e escreveu.
Em 1984 começou a publicar poemas em alguns jornais e revistas. Publicou dois livros de crônicas pela livrorápido A Eternidade do Ser e A Ponte Cósmica. No ano de 2010 publicou os livros de poesias Alquimia das Águas, O Pássaro e Humano Canto, respectivamente, pela Artexpressa Editora.
Livros:
A Ponte Cósmica – Crônicas - Edição do Autor – Livrorápido – 2005
A Eternidade do Ser – Crônicas - Edição do Autor – livrorápido - 2005
Alquimia das Águas – Artexpressa editora – janeiro de 2010
O Pássaro – Poesias - Artexpressa editora – março de 2010
Humano Canto – Poesias - Artexpressa editora – maio de 2010
Links relacionados:
Jornal da Cidade Online:
http://www.jornaldacidadeonline.com.br/l
Poetas de Pernambuco:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_
Literatura Brasileira:
http://www.litbr.com/hideraldomontenegro
Poetas Del Mundo:
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo.as
Academia Virtual de Poetas e Escritores:
http://www.avspe.eti.br/poetas2008/monte
Varanda das Estrelícias:
http://www.joaquimevonio.com/espaco/hide
Vetor Cultural:
http://www.vetorcultural.com/hideraldomo
Overmundo:
http://www.overmundo.com.br/perfis/hider
Jornal de Poesias:
http://www.revista.agulha.nom.br/hideral
Blog de Hideraldo Montenegro:
http://hideraldo.montenegro.zip.net/
Algumas Notícias do Autor:
Café Colombo:
http://www.revista.agulha.nom.br/hideral
Vetor Cultural:
http://www.vetorcultural.com/artigotrint
A Voz do Escritor – UBE
http://www.ube-pe.org.br/100221.htm
NósPós:
http://nospos.blogspot.com/2008_04_01_ar
POEMAS:
INDECIFRÁVEL
O poema que não escrevi
é feito de carne
tem nome largo
e palavras de forma
O poema que não escrevi
dorme comigo todos os dias
revira meus sonhos
torna-se insônia
O poema que não escrevi
come, bebe, faz sexo
e, às vezes, sai pelo nariz
O poema que não escrevi
vive na lama, no lixo
no luxo, na cama
O que poema que não escrevi
é macho, puta, bicha louca
-desenho que não sai da boca
O poema que não escrevi
é leve, é pluma
pesado tiro
é chumbo, é morte
é casulo, é seda
é sorte que não chega
O poema que não escrevi
Inscreve-se em mim
como cicatriz
como uma dor, um parto
um sapato apertado
O poema que não escrevi
Jamais escreverei
INSPIRAÇÃO
A poesia só acontece
quando me deixo
quando me deito
quando me vejo
quando me mexo
IDENTIDADE
Que povo eu sou
que senta comigo no sofá
e que assiste a TV embasbacado?
Que povo eu sou
se não sou um
mas muitos nós?
Que povo eu sou
que vai à missa
e pede perdão e pede clemência
e salvação pelos erros
que cometem conosco comigo?
Que povo eu sou
incompleto e perdido?
Que povo eu sou
que vivo olhando
para o meu próprio umbigo
e não me encontro em mim
mesmo nos outros eus?
Que povo eu sou
se não sou eu?
Hideraldo Montenegro
CERTEZA
O que desta mão resta
luz, escuridão, fresta?
Que chão pouso a memória
por onde anda o vôo
a semente, o grão?
E o mundo em volta,
volta ao começo
de tudo
tudo é apenas recordação
pouso amplidão
E o chão nos espera
em estradas já traçadas
-linhas da mão
Hideraldo Montenegro
ESPELHO
Escrever com água
é permitir a fluidez das idéias
que se somam e modificam
o curso das palavras
.
Escrever com água
é matar a sede
dos que procuram contemplar-se
a si mesmos
.
Escrever com água
é se adaptar a todos os recipientes
e refletir o que todos sentem
Hideraldo Montenegro
INDECIFRÁVEL
O poema que não escrevi
é feito de carne
tem nome largo
e palavras de forma
O poema que não escrevi
dorme comigo todos os dias
revira meus sonhos
torna-se insônia
O poema que não escrevi
come, bebe, faz sexo
e, às vezes, sai pelo nariz
O poema que não escrevi
vive na lama, no lixo
no luxo, na cama
O que poema que não escrevi
é macho, puta, bicha louca
-desenho que não sai da boca
O poema que não escrevi
é leve, é pluma
pesado tiro
é chumbo, é morte
é casulo, é seda
é sorte que não chega
O poema que não escrevi
Inscreve-se em mim
como cicatriz
como uma dor, um parto
um sapato apertado
O poema que não escrevi
Jamais escreverei
INSPIRAÇÃO
A poesia só acontece
quando me deixo
quando me deito
quando me vejo
quando me mexo
IDENTIDADE
Que povo eu sou
que senta comigo no sofá
e que assiste a TV embasbacado?
Que povo eu sou
se não sou um
mas muitos nós?
Que povo eu sou
que vai à missa
e pede perdão e pede clemência
e salvação pelos erros
que cometem conosco comigo?
Que povo eu sou
incompleto e perdido?
Que povo eu sou
que vivo olhando
para o meu próprio umbigo
e não me encontro em mim
mesmo nos outros eus?
Que povo eu sou
se não sou eu?
Hideraldo Montenegro
CERTEZA
O que desta mão resta
luz, escuridão, fresta?
Que chão pouso a memória
por onde anda o vôo
a semente, o grão?
E o mundo em volta,
volta ao começo
de tudo
tudo é apenas recordação
pouso amplidão
E o chão nos espera
em estradas já traçadas
-linhas da mão
Hideraldo Montenegro
ESPELHO
Escrever com água
é permitir a fluidez das idéias
que se somam e modificam
o curso das palavras
.
Escrever com água
é matar a sede
dos que procuram contemplar-se
a si mesmos
.
Escrever com água
é se adaptar a todos os recipientes
e refletir o que todos sentem
Hideraldo Montenegro