domingo, 1 de julho de 2012

Luciano Lopes


Biografia Luciano Lopes


Luciano Lopes – nasceu
em Brasília – DF às 02 horas do dia 22 de outubro de 1967, num dia de
chuva e desde então chove por essas terras todas as vezes que esse dia
se “repete”. Filho de pais simples procedidos do interior do belo Estado
de Minas Gerais. Migraram para Brasília com esperança de quem vem para a
terra que jorra leite e mel. Quando o encanto se quebrou. Aqui havia
leite e mel, mas à custa do vil metal.

Pais de outros 03
filhos todos formados com uma educação forjada mais no instinto do que
em informação. Filho mais velho, Luciano formou-se em direito depois dos
outros irmãos, servidor publico há vinte e quatro anos na área de
Saúde. Causou-se muito cedo aos 21 anos e entregou-se a dura missão de
formar uma nova família com a resignação do amor. E por amor teve 02
filhos e deles seus maiores tesouros e fontes de juventude. Pedro, hoje
com 20 anos e Estela Cristina com 15 anos, são Candangos engajados na
luta pela sobrevivência.

Luciano e a poesia
foram “apresentados” e se apaixonaram perdidamente através da música
“Construção” do grande CHICO BUARQUE. E enlouqueceu pela poesia por
“culpa” do Mestre Mario Quintana e a encantada Clarice Lispector. Seus
primeiros escritos foram testados em cartinhas escritas para as
primeiras Musas aos 17 anos de idade e como foi feliz em suas
empreitadas desde então não largou mais o “vicio” que escondeu sua
timidez contumaz.

Por alguns anos dedicou-se com pertinácia a
poesia que lhe redeu o primeiro livro “TRABALHO DE CARPINTARIA”,
produção independente, lançado em meados da década de 90 aonde percebeu
que sua poesia podia ser do agrado dos amantes da poesia. Desde então
não se dedicou mais a poesia como outrora, quando há 04 anos descobriu
um grupo de amantes da poesia em comunidades de relacionamento da Net,
aonde a paixão pela poesia retornou de forma avassaladora.

Até pouco tempo
assinava seus “escritos” como Lupi, apelido de infância, quando, por
conselho da editora e escritora, Mariza Lourenço, passou a assinar seus
poemas com o nome de batismo.


Sites:

Blog:
http://lucianolopespoesias.blogspot.com.br/ -

Portal Antonio Poeta:
http://poetalupi.blogspot.com.br -

Facebook:
facebookhttps://www.facebook.com/luciano.l.lupi.5 -




TERNURA DESAPROVEITADA

Você é tão bela
devia eu saber acolher
qual é o carinho que você separou
para mim
Devia eu entender que outros lhe cortejam
Tão pouco eu posso dar- lhe
Senão essa ternura toda
que decantei das ternuras
todas que furtei...
Você é tão livre
que o carinho que você me dá é só meu
mas eu devia entender que há tantas virtudes em você
que transborda carinho para outras pessoas
e tão pouco eu posso suportar
pois enquanto furtava preparo para você
Esqueci da compaixão que sinto desses ciúmes
inesperado de quem vai agir adivinho-me
como um adolescente desprevenido.

Luciano Lopes



ESPERA

Quis...
mas não bastam apenas meus desejos
que estão vencidos hoje...
Com o entusiasmo acuado
que adianta meu querer
Se o que tenho são lembranças
e imagens turvas suas?

Que se foi sem medo da revelia
e dos meus julgo ansiosos...
O amor tem como enfeite a reciprocidade
que não tive...
O que sobrou foi esse cansaço causado pelos suspiros
E esse sorriso e fechar de olhos a cada lembrança sua

Ah! Mas se você voltar!
Verá que a dureza de minhas mãos
e dos meus olhos
provocadas por minha resignação exausta
não condiz com o conforto que meu coração
dedicou a esperança da tua volta...
Luciano Lopes


OS OPOSTOS SE ATRAEM

É permitido...

É proibido...
São palavras que para mim
dizem quase a mesma coisa
São tão obscenas!
Por isso coloquei-as aqui,
juntas...
Para confrontarem-se
para que se afaguem;
para que se mordam...
aí eu as condenarei a sinônimos.

Luciano Lopes.


MEDO

Preso a saída da porta
Com sintomas de síndrome
Encosto as mãos trêmulas
No portal
Sinto o calor acumulado
da tarde no aço fundido
Quase abstraio
Quem sabe mais um pouco
de calor e a dor era alivio...
Vejo a rua turva
Escorre do azul profundo
o preço
da paga
do meu sobrestamento
em viver plenamente...

Luciano Lopes.


HOJE

A ilusão de desfez...
A noite parou...
E o coração bate por inércia...
O vinho faz sua parte...
escolhe à poesia
Deixa seqüelas de você...
A saudade conduz...
Os olhos obedecem...
eu enxergo pouco...
o choro vence...
A ilusão se desfez...
O giz não coloriu...
O chão é só chão...
e meu coração bate por inércia...
A lembrança pousou...
o semblante que conquistou...
e perdeu-se...
O escudo baixou
A lança espetou
o coração disperso
desse menino que não sabe
manejar armas
nem seu coração...
A ilusão se desfez...
E o coração bate por inércia...
Graças a Deus...

Luciano Lopes.


SAUDADES

Com fotos espalhadas
Sobre a cama
e mãos confusas por serem só duas
e nada como escudo
sobrevivo de saudades...

Aponto as fotos com morder de lábios
Com toques de dedos perdidos
e com o que despejo dos olhos
Aprendo que minhas saudades não sabem datas
O que grava isso em mim é de propósito
desorganizado
E os quadros de minhas lembranças
Misturam-se com as fotos...
E as cores desbotam-se
Aponto os momentos...
Aqui cabia um sentimento a ser confessado
Ali um silêncio a ser escolhido...
Ter dito dos sorrisos
Dos vestidos
Dos abraços
E do turbilhão de amor que deixou em mim
vivo esse exagero de passionalidade
a que fui condenado...

Devíamos ter descoberto logo
o quanto brincávamos de abismo...

Luciano Lopes