sábado, 17 de setembro de 2011

DAEZ SAVÓ:

DAEZ SAVÓ:
POETA DA ALMA. POETA DA LUZ. POETA DA ESPERANÇA

Daez Savó, Nascido aos 6 de Novembro de 1962, em Ouro Fino, atualmente morando na cidade de Monte Sião/MG, o nome Daez é o anagrama derivado de José Carlos de Azevedo. Foi Presidente do Rotary Club, político, um dos fundadores da APAE e Guarda Mirim em sua cidade, hoje é contador e professor.

Escreveu Márcia Mares sobre Daez Savó:

O que seria mesmo o AMOR?
Sentimento puro do bem querer; atitude; desejo ardente, maciço e permanente de incorporar alguém, numa fusão de corpos e almas? Seria a capacidade de ouvir ao som do violino em acordes aveludados, o sonido das águas na cachoeira e suas matizes coloridas? Ou o envolvimento com almas maravilhosas que de uma forma única, afaga o nosso íntimo, transmitindo uma paz sem igual e nos transforma no melhor que podemos ser e assim poetizar?

Ah, o amor! Nas poesias de Daez Savó, não existem apenas palavras belas, nostálgicas e melancólicas, mas algo maior que vem da alma de quem sente e é puro amor. Amor pela grande força de existir, embalar o pensamento e as palavras de um poeta de lirismo quase puro, elaborado e musical. Um poeta que domina a forma e possui uma agilidade criadora que lhe permite passar de uma inspiração a outra, sem perder sua autenticidade.

Assim é Daez Savó. Poeta da alma. Poeta da luz. Poeta da esperança.

Inspirado pelas poesias de Drummond, Pablo Neruda, Gibran, Rabindranath Tagore e Johann Goethe, foi criando poesias que falam do amor e do lado romântico de se viver, numa inventividade que encanta capaz de fundir pequenas porções de vida a outro tanto de imaginação, que nos surpreende a cada leitura e desperta a reflexão, a evidência que não enxergávamos. Quando nossos olhos se cansarem de ler seus versos, já não há mais perigo de esquecer, pois na alma certamente repetirá cada verso com a emoção do poeta que escreve e do leitor que se encantou...

Suas poesias são lições de amor. Amor que não tem razões; ele ama porque ama. Acorda a beleza que dorme dentro de nossos corpos, centro mágico do universo, entidade musical encantada. Atiça-nos a querer desvendar o lado mágico dos mistérios que nos envolvem, a descobrir a verdade sobre cada um de nós. Cada vez mais que aprofundamos na leitura, mais percebemos o quanto a vida é bela, o quanto é bom viver e amar... Puro deleite! Garantia de sensações inéditas para os leitores que vão se adentrar por páginas de puro êxtase!

Impagável! Surpreendente! Deliciante! O leitor viaja suavemente na beleza da poesia, no malabarismo da expressão verbal. Capta de um jeito sublime a essência única, vibrante, intensa e mágica, poesia que depois de lida continua em nós, nos acompanha, nos seduz, nos revigora.

Márcia Mª Mares de Figueiredo

“Profª de literatura e português; graduada em Letras e pedagogia; Pós-graduada em literatura, língua portuguesa e psico-pedagogia. Mestre em educação e literatura. Consultora de projetos de literatura em rede de ensino e outras instituições. Coordenadora de programas de formação de professores para trabalhos com língua portuguesa com crianças e adolescentes. Amante da poesia...”

Sites:
http://daezsv.blogspot.com
http://www.recantodasletras.com.br/autores/daezsavo

JORNAL DA CIDADE ONLINE
http://www.jornaldacidadeonline.com.br/leitura_artigo.aspx?art=3819



FÁTUO

No encanto inocente do teu riso carente,
Fez-me santo indigente a implorar reluzente
Pelo beijo ardente da sua boca dolente,
A satisfazer o prazer eloqüente deste indecente.

Procura insensata da felicidade imprudente,
De vida tresloucada sem causa, meio ou fim.
Sedução desmedida no amor impaciente,
Momentos irreais, não vividos, só desejados.

Paixão fugaz de razão inconseqüente
Sem medo do certo e do exato, sem nexo!
Lógica abandonada na vida desgraçada,
Que dói e machuca o coração inconveniente.

Deixou-me seduzido pelo canto atrevido,
Desejo dolorido por não ter-te merecido,
Estou exaurido por haver o amor perdido!

Daez Savó


INSENSATEZ

Que insensatez deslizar meus dedos por sua tez
Sentindo a maciez do rosto suave de riso perfeito,
E sem timidez não tocar em insana sedução
Seus lábios rosados com minha boca atrevida.

Consagração indefinida da linda e intensa vida,
Deveras vivida por este vagabundo desventurado,
Nos dias longínquos, sendo consumido por tua despedida
Das lembranças tristes por me deixar desconsolado.

Dança suave ao brilho da lua límpida, feito lamparina
A flamejar no horizonte distante a ausência da amada
Dilacerando a alma deste que te ama pequena menina!

Afaga as batidas deste coração exaltado,
Ama-me como a ti em feliz desejo
E faça que eu viva para sempre apaixonado.

Daez Savó


PENSAMENTO

Voai pensamento,
Imaginação súbita...

Encha de belos sonhos minha vida,
Enfeitai minha existência de ilusão
Doce e colorida.

Deixai que minh’alma
Embarque em nuvens róseas, multicoloridas,
E vogue pelos mundos infinitos.

Que se perca em profundos devaneios,
Numa sensação de que está sumindo,
Se evolando, se esvaindo,
Num filete de vida.

Deixa-me viver as coisas belas
Que não pude ter,
A Bem Amada que não pude amar,
Ouvir os versos que jamais eu fiz,
E depois, morrer, num murmúrio,
Feliz....

Daez Savó


AMOR

Amor é brisa suave,
Não tempestade.

Amor é brasa dormida,
Não labareda.

Amor é o tocar de mãos,
Doce, sereno,
Sem maldade.

Amor, que só é possível
Com sua cumplicidade.

Ápice sublime
No encontro dos lábios
Guardado para a eternidade.

Daez Savó


ESPELHO

Eu me vejo no espelho e te vejo,
Também, cada manhã,
Oh! Vida!

Eu te vejo na luz refletida
Em horas de sol dourado,
Entrando forte
Com a claridade infinita de sons
Do mundo lá de fora;

No cinza de cada dia
Que amanhece sem luz,
Melancolicamente doce;

Nas goteiras cantantes
Das manhãs de chuva,
Que caem preguiçosamente.

Mas, também vejo,
Os meus cabelos que embranquecem
Já sem aquelas timidez do começo;
As rugas que vincam a face;

O cansaço que esmaece o brilho
Dos olhos, encobrindo a inquietude indagação
Do até quando.

Eu me olho no espelho
E te vejo cada manhã
Oh! Morte!

Daez Savó


ALMA CIGANA

Tua presença invisível
Percebo ao sentir um calor
Pressinto tua voz maliciosa
Enchendo minha face de rubor

Essa tua alma cigana
Brinca comigo sem demora
Me deixas apreensiva, insegura
Quando muda o foco a toda hora

Me deixes em paz aqui tranquila
Vagueies por aí longe de mim
Faças de boba outra iludida
Sossegues tua alma enfim...

Junte-se a mim, menina dos sonhos
Levar-te-ei por caminhos diferentes
Onde ei de te amar na tua medida

Vem dançar com sua roupa colorida
Seduzir com seu bailar este que por ti
Perdeu-se em devaneios pela vida

O feitiço do encanto do amor
Uniu-me a ti em suave poesia
A resgatar solitário sonhador

Dani Mello & Daez Savó


UTOPIA

Quisera ser eu a luz da manhã para afagar o seu rosto
Quisera ser eu a brisa refrescante para aliviar o teu calor
Quisera ser eu a chuva fina para lavar as tuas magoas
Quisera ser eu a calma para terminar com os teus tormentos.

Poderia ter eu o saber de como te fazer feliz
Poderia ter eu o poder de mudar tua história
Poderia ter eu o dom de te fazer sorrir
Poderia ter eu a chave do amor para te dar.

Quero-te no sublime prazer de amar
Quero-te na encantadora paz dos anjos
Quero-te na serenidade da ternura absoluta.

Posso não ser o teu amor
Posso viver sem ti, mas nunca sem te amar
Posso morrer, mas te levarei para a eternidade.

Daez Savó


AMOR ABSOLUTO

Indelével música que faz recordar
Teu sorriso meigo de rubra cor
Suave perfume que vive a provocar
O receio de perder o teu amor

Este amor absoluto vem incandescer
Afogar-me-ei viva em teu pensamento...
Lembranças infindas, amor sacramento
Que incendeia a essência de meu Ser...

Tu és a mistura dos perfumes
Que a brisa docemente conduz
De todas as flores que desabrocham
E se despetalam em plena luz.

Teu amor é balsamo que acaricia
Minha Alma, dando-me vida
E, deslumbrando os meus dias,
Tu és a Fonte de todo meu amor.

Daez Savó e Dolce Bárbara


DESEJOS MUNDANOS

Doce tormento é ter
Por poucos minutos de ardor
Entre meus braços seu corpo
Desfrutando momentos de amor

Instantes de única emoção
Sensação de desmedido encanto
Prazer absoluto de imensa paixão
Ao tomar a alma e me deixar em pranto

O êxtase que sentimos juntos
Faz perdurar instantes insanos
Vamos unir eternamente nossos mundos
Realizando intensos desejos mundanos

Delícia infinita vivida sem medida
Nas carícias loucas que causa rubor
Será deste instante e por toda a vida
O desvendar de como é belo viver do amor

Dani Mello & Daez Savó


SEGREDOS

Que venha o brilho do luar
E ilumine esse nosso sentir
E o límpido azul do céu abençoar
o doce viver do nosso existir

Amor desigual todo natural
Que vive de carinho anormal
Feito cachoeira que desliza sensual
Suas águas pelo corpo imoral

Não quero apenas experimentar
os teus lábios cerrados aos meus
Quero sentir teu coração pulsar
Entregando os segredos teus

Ter-me-ás na intensidade do desejo absoluto
Do querer infinito da paixão desvairada
Viver-te-ei no amor dedicado e resoluto
Por toda a eternidade feliz e consagrada

Lucimar Staut / Daez Savó


MELANCOLIA

Insignificância sorvida pela alma
Recolho-me na tua bruma doce
Para resgatar a alegria perdida
Da vida vivida em filosofias vãs

Retrato velho na parede
Amarelado pelo tempo
Retratando um passado distante
Melancolia que lentamente consome

Desesperança sentida no respirar
Ofegante que dá vontade de chorar
Ao relembrar a felicidade que sumiu
Devagarzinho pelas mãos se esvaiu

Futilidade desgraçada que deixa
Despedaçada esta alma carente
A balançar rente ao abismo
Levando cada pedaço da gente

Tragédia anunciada
Da vida acariciada
Pela morte
Chegada

Daez Savó


PALAVRAS SOLTAS

Palavras soltas perdidas ao vento
Sonoridade confusa que voa à deriva
Paixão dolorida não correspondida
Ouça coração duro o meu lamentar!

Sussurro ao relento o meu amor
Arrepio na pele da meiga lembrança
Dos beijos roubados em pensamento
Delírio suave que afaga minha alma.

Ternura silenciosa que me faz sorrir só
E ao perceber seu semblante de relance
Aproximando belamente de braços abertos
A vir me abraçar dizendo do meu doce gostar.

Entrego-me num alegre rodopio
Lábios colados, corpos no ar a girar
Elevando ao céu o sagrado existir
Delírio insano somente capaz por amar.

Daez Savó